DO TEXTO BRUTO AO TEXTO LAPIDADO
![](https://i0.wp.com/ateiadehistorias.com.br/wp-content/uploads/2021/01/edição.png?resize=300%2C200&ssl=1)
O caminho entre o primeiro manuscrito e o texto publicado é longo e árduo. Os leitores nem conseguem imaginar a quantidade de mudanças que um texto sofre até ser publicado. Esse trabalho de fazer alterações, correções e polimento recebe o nome de edição.
Você já deve ter ouvido a frase “escrever é a arte de reescrever”. As primeiras edições geralmente são feitas pelo próprio autor, que relê a história, faz ajustes, corta alguns trechos, acrescenta e reescreve outros.
O editor, ao ler (reler e ler novamente) o texto do autor, aponta inconsistências e incoerências, faz correções de português, questiona trechos, reescreve frases e faz sugestões, tudo isso com o objetivo de tornar a história mais atraente e envolvente para o leitor, mas sempre respeitando o estilo do autor. É um trabalho árduo e ao mesmo tempo delicado. Sempre em parceria com o autor.
APARANDO TODAS AS ARESTAS
![](https://i0.wp.com/ateiadehistorias.com.br/wp-content/uploads/2020/12/copidesque.png?resize=300%2C200&ssl=1)
O copidesque às vezes é chamado de preparação de originais ou revisão de redação (ou revisão de tradução, quando o original é estrangeiro).
Esse é o primeiro trabalho do processo editorial depois que o manuscrito é finalizado pelo tradutor e a primeira etapa após a edição do livro nacional. Nesse momento, um profissional revisa todo o texto tendo em vista correção ortográfica e gramatical, coesão, coerência e clareza.
Além disso, o copidesque é o responsável por fazer as adequações aos padrões da editora quanto ao uso de itálico, negrito, caixa alta e baixa etc., e por isso é uma das etapas obrigatórias para que um livro seja publicado com qualidade
O PENTE-FINO NO TEXTO
![](https://i0.wp.com/ateiadehistorias.com.br/wp-content/uploads/2020/12/revisão.png?resize=300%2C200&ssl=1)
A revisão é feita no texto diagramado, ou seja, quando o projeto gráfico (formato, margem, fontes etc.) já está aplicado ao texto.
Nessa etapa, o revisor lê todo o livro para fazer os ajustes finais, verificando se todo o conteúdo foi diagramado e se passou algum erro pelas outras etapas. Além disso, ele precisa se concentrar em outras peculiaridades, como conferir sumário e questões gráficas, por exemplo: se a quebra de palavras foi feita adequadamente, se o texto está harmonioso na página e com boa leitura, se cabeço e rodapé foram aplicados corretamente etc.
Qual é a diferença entre revisão e copidesque, então?
O revisor não tem o papel de verificar questões de coesão, coerência e redação das frases, mas sim fazer o ajuste final, o “pente-fino” do texto.
Curiosidade: No passado, a revisão era toda feita na prova impressa, usando marcas específicas. Hoje, com frequência as revisões são feitas em PDF, facilitando o envio das provas.
“PQ SIM” NÃO É RESPOSTA! APRENDA A USAR OS PORQUÊS
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Por que você precisa conhecer as regras do português se o seu trabalho vai passar por várias revisões até chegar ao leitor?
Essa é uma dúvida válida. E A_TEIA responde:
Porque, até a sua história chegar ao leitor, você precisa convencer várias pessoas de que vale a pena lê-la!
“Ah, mas eu vou me autopublicar. Como não preciso convencer um editor a me publicar, vou me preocupar com isso por quê?”
Novamente, A_TEIA responde:
Você precisa, de alguma forma, mostrar para o leitor por que ele deve escolher o seu livro, entre tantas opções disponíveis. E a chance de mostrar esse porquê é justamente por meio da sua… escrita!
Hoje em dia, os escritores — principalmente os independentes — precisam se expor o tempo todo nas redes sociais, em blogs, chats, newsletters. Então saber escrever bem e corretamente é fundamental para conquistar leitores para o seu livro.